Se há algo que o ser humano não gosta de lidar, em geral, é com mudanças de hábitos, alteração profunda de contextos, fazer revisão de rotinas, coisas desse tipo.
Não, jovem padawan, eu não estou falando da cooptação do tempo livre do trabalhador através de um produto chamado turismo. Quando eu falo de mudanças, falo de mudanças perenes, destas que efetivamente causam mudanças em longo prazo.
Mudanças como organizar o sono, correção de dietas alimentares, manutenção da organização doméstica, ponderação do consumo de açucares e bebidas alcoólicas (que são basicamente a mesma coisa), etc.
Estas mudanças, quando perenes, provocam efeitos, colaterais ou não, que, em regra, podemos classificar como positivos. É aí que entra o título deste texto: 90 dias.
Ali pra meados do mês agosto, do ano de 2021, me bateu certo um pico de cansaço de algumas coisas na minha vida. Até aí, nada novo sob o sol. Se tem algo normal na minha vida é eu me cansar dela. Porém, ao listar os prováveis problemas que eu precisava resolver com mais urgência, me deparei com a ironicamente triste realidade de que eu precisava rever meus hábitos, rotinas, costumes e afins.
Cito alguns exemplos como me libertar das redes sociais (principalmente as duas mais tóxicas: aquela azul das fake news, lar de idosos; e a das fotos de vidas que nunca foram vividas e causam inúmeros danos psicológicos já estudados), parar de fumar, ponderar o consumo de bebida alcoólica, retomar a prática de atividades físicas, corrigir a rotina de sono, enfim, estava tudo muito, muito bagunçado. Então, do nada, aceitei, entendi e tracei o processo. “E lá vamos nós...”
Agora, final de dezembro de 2020b, completo três meses efetivos neste processo de mudanças. No fundo, a chave disso é entender que é um processo, uma jornada (oi, Lumena!) com passos, tropeços, saltos, é cair e se erguer novamente.
Longe de mim virar um evangelizador da vida fit, não tenho nada contra, tenho até amigos que são (rs... não, num tenho não... mas a piada veio quicando).
Descobri desafios que eu, até então, não me dava conta que seriam tão grandes. Também descobri que coisas que eu imaginava que morreria sem, vivo tranquilamente sem (ou com bem pouco), hoje.
Quem me conhece pré-agosto 2021 sabe do meu vício em cafeína. Era coisa de 1 litro por dia de café. UM FU-CKING LITRO! Agora, quando muito, é uma xícara pela manhã e só. Nunca tive crise de abstinência ou similar e, isso sim, foi uma surpresa.
Café, cigarro, cerveja, insônia infinita, dieta zoneada, sedentarismo. O processo é embaçado, tio!
Enfim, “um dia de cada vez” ou “só por hoje”. Esse é o rolê.
Espero poder voltar pra contar sobre cada faceta deste processo de mudança.
Agora tenho tempo... mas depois explico isso.