tag:blogger.com,1999:blog-8365271137362094242024-02-20T14:08:06.369-03:00Textos do Tio PatuxBlog pessoal, com textos subjetivos e mais um monte de aleatoriedades. Unknownnoreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-48305022299743859892023-12-31T02:33:00.000-03:002023-12-31T02:33:49.718-03:00E que venha 2024... ou algo do tipo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-YJvmE5VY2xuSbP5zDhyAw7BdLojKYi8rnQhF3WpBl7QrJFOTaO-OrIGFts0Q6l5hQ9ToDGwtPOzIz172iGjsH8r6nQg8Z0C7m1gfDBRmWe7RCwqrJuSzXAcKy3cewyQgRdz-Bw6l-M0bQf29B90C3fcMjCcoRsT5XbplamG4T9vSDMzaPngTRIHgD3S3/s1080/2023-12-31%20Feliz%20ano%20novo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-YJvmE5VY2xuSbP5zDhyAw7BdLojKYi8rnQhF3WpBl7QrJFOTaO-OrIGFts0Q6l5hQ9ToDGwtPOzIz172iGjsH8r6nQg8Z0C7m1gfDBRmWe7RCwqrJuSzXAcKy3cewyQgRdz-Bw6l-M0bQf29B90C3fcMjCcoRsT5XbplamG4T9vSDMzaPngTRIHgD3S3/w400-h400/2023-12-31%20Feliz%20ano%20novo.png" title="@TioPatux/Instagram" width="400" /></a></div><p>Ah, o Réveillon! Aquela época “mágica” do ano em que, por algum motivo, nós decidimos que somos capazes de reinventar nossa vida inteira só porque o calendário diz que é hora de trocar a folha. </p><p>Cá estou eu, embarcando nessa canoa furada de reflexões e resoluções, como se fosse realmente possível colocar em prática todos os planos mirabolantes que crio enquanto assisto aos malditos fogos de artifício.</p><p>(Oh gente, inclusive já passou da hora de parar com essa babaquice de fogos de artifício, né?)</p><p>Bom, comecemos com a gloriosa revisão do ano que passou. Como um velho explorador revendo seu mapa, percebo que passei mais tempo perdido do que seguindo um caminho lógico. Inclusive este poderia ser o resumo da minha vida inteirinha! (rs) Teve aquele famoso “de tudo um pouco: houve caos, calmaria, caminhadas, tropeços, capotes, alegrias, tristezas, conquistas e umas perdas aqui e ali. Basicamente a vida sendo a vida.</p><p>Enfim... Sigamos adiante...</p><p>Os planos que não deram certo, o que fazer? Bem, essas pragas são como aqueles presentes de Natal estranhos que você recebe daquela tia que cê nem sabe o nome da abençoada. Você sorri, agradece e, assim que ela vira as costas, você os esconde no fundo do armário, com a real possibilidade de jamais vê-los novamente.</p><p>Certo?</p><p>Pêéêénnnn!!</p><p>Resposta errada, jovem padawan!</p><p>Os planos que “não deram certo” servem para eu, você, o João ou a Maria aprender, refletir e seguir adiante melhor e maior do que antes do tropeço, fracasso, capote, trupicão, porrada na cara ou qualquer outro nome que você queira dar para aquilo que saiu bem pior do que você havia planejado, desejado ou esperado.</p><p>(OBS 1: inclusive minha dica sobre essa parte do “esperado” segue sendo a mesma: não espere nada de ninguém e qualquer coisa boa que você receber já será algo bom.)</p><p>(OBS 2: a regra acima só serve para coisas boas, então se a desgraça do outro ser humano só te deu m*rda, a regra acima não se aplica, a não ser que você goste muito de se alimentar de defecação de terceiros)</p><p>Enfim, sigamos adiante neste lindo texto de reflexão de ano novo...</p><p>Vamos seguir para as renovações de compromissos. Sabe aquela promessa a si mesmo de que você vai frequentar a academia todos os dias? Que vai rever sua dieta? Que vai ler um livro por mês? Sabe aquelas promessas que você fez para si mesmo ano passado e não deu nem meio passo para cumpri-las?</p><p>Então relaxe, ok?!! Keep calm e fica suave!</p><p>Praticamente todo mundo ao seu redor não cumpriu nem 1/3 das promessas que fez para si mesmo no réveillon passado (isso porque eu tô arredondando muito pra cima... na média, eu apostaria que ninguém cumpre 10% do que se promete nessa época). Então faça sim seus planos, suas promessas, corra atrás para cumprir todas que der conta e apenas aceite o processo e a jornada. Não carregue uma culpa que não existe, viu? Faça planos, mas relaxe, a vida não é uma competição. </p><p>Acredite no Tio Patux, não importa o que seu influencer coach quântico predileto diga. É sério!!!! A vida é só uma jornada de aprendizado, diversão e tropeços, alegrias e tristezas também. No final dela não tem troféu, não tem medalha, tem só verme da terra e fungos ou talvez um baú de cinzas.</p><p>Enquanto o Réveillon se aproxima (e eu me preparo para entrar nesse baile mascarado de otimismo e esperança renovada), lembro a mim e a você de que este texto não é um sermão de moral, muito menos um mapa do tesouro. É só um devaneio sobre como nos iludimos alegremente com a chegada de um novo ano, enquanto, no fundo, sabemos que provavelmente estaremos fazendo o mesmo novamente daqui a 365 dias. </p><p>Mas, sei lá, vai que... Talvez este ano seja diferente... ou talvez não. E tá tudo bem assim também!</p><p>Eu, Tio Patux, de todo meu coração, só desejo que você aproveite a jornada e que ela seja deliciosa.</p><p>É o melhor que posso, sinceramente, desejar a cada um que leu esse texto todo!!</p><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-3264642277019986582023-12-28T10:36:00.001-03:002023-12-28T10:36:25.622-03:00Hand grip<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiEW47Lvck6e7Z4Qvm9BUZl-fNZuy4cVy4a4fAMzC4KWNKv42nY7aR6PdTNDpgGWoTffWxErBHH0kV4rHiXtTE7bVVpnPRlh5JLl9dK579oEyU2I-dOqy0jGPS9IEFv2W4tMjIKojrqA55lSXwpypaAMa_iV53oo1XqLNLyyWPIR1ql8_GCJ4uzFvlCdbDn" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiEW47Lvck6e7Z4Qvm9BUZl-fNZuy4cVy4a4fAMzC4KWNKv42nY7aR6PdTNDpgGWoTffWxErBHH0kV4rHiXtTE7bVVpnPRlh5JLl9dK579oEyU2I-dOqy0jGPS9IEFv2W4tMjIKojrqA55lSXwpypaAMa_iV53oo1XqLNLyyWPIR1ql8_GCJ4uzFvlCdbDn" width="400">
</a>
</div><div><br></div><div><div>Todas as pessoas são diferentes entre si. Ninguém é igual a ninguém. Não bastasse isso para tornar a vida complexa (e interessante), há outra informação: (em regra) ninguém é hoje o mesmo que foi ontem.</div><div><br></div><div>O Tio Patux de hoje é um Tio Patux vivendo uma multidão de processos psico e fisiológicos em um ritmo frenético como poucas vezes viveu. Algo como aquele turbilhão pelo qual normalmente passam TODOS os adolescentes. Não, eu não estou vivendo este MESMO turbilhão... Ainda bem, inclusive.</div><div><br></div><div>Estou vivendo outros turbilhões, mas dois se destacam. Hoje vou tratar só de um. Do outro falarei no próximo texto. Não “sejemos” ansiosos.</div><div><br></div><div>Turbilhão de hoje: estou tentando parar de fumar. Sim, pela enésima vez! Desta vez decidi apostar em um combo turbo-plus-pancadão-cadenciado: retomando as atividades físicas moderadas, alterando meus hábitos alimentares, alterando meu consumo de redes sociais (sim, o termo é este mesmo: consumo), refazendo os planos mais individuais e íntimos para o ano porvir, perdoando coisas que nunca perdoei e lidando com coisas que nunca lidei.</div><div><br></div><div>Fato é que aquele ser que eu fui ontem não é o ser que eu sou hoje. Se hoje tenho mais repertório para produzir minhas escolhas e decisões, é verdade também que sou um homem MUITO mais cansado, com menos paciência para algumas coisas, sendo indiferente com outras, mas também vivendo intensamente outras que outrora relevei.</div><div><br></div><div>Nisto de tentar parar de fumar, novamente, aceitei que vai doer. Mudar dói. Mais ainda mudar algo que faz parte do cotidiano tanto quanto comer/dormir/respirar. Porém necessário. Meu corpo já deu o aviso, inúmeros.</div><div><br></div><div>A última “novidade” foi incluir o “hand grip” na minha rotina. Fumar, tanto quanto toda a questão química, é tão quanto uma questão de hábito. Esse bichinho aí está me ajudando em algo simples: ocupar minha mão. Eu tenho extrema dificuldade em ficar com a mão desocupada enquanto estou apenas assistindo um filme, série, youtube ou ouvindo podcast ou música, sentado na poltrona. O incômodo que sinto é assustador.</div><div><br></div><div>O que me levou a me perguntar: será que vou conseguir encontrar outros hand grips para ajudar na solução dos outros problemas?</div></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-14663391820302420752023-12-27T10:26:00.002-03:002023-12-27T21:21:12.381-03:00Tamo bão não<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiP8-_lXl7nDbWAAsm-53QO6KHMju5Ui0XKlOsDvDNf_gmyvhgvwoYtf8RoHpb2_M7BRglvXbQ_hS_OudqRgGiFxOD1sQFf-bANtHl5yxwgOuJm3T5oQftqn6P9cCP1I4TV9FjmE3wAJrV1hHObm2jjXwcE7e61GZOjTm_KaP_YAO5UqTXSfCmPEGyEM97C" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiP8-_lXl7nDbWAAsm-53QO6KHMju5Ui0XKlOsDvDNf_gmyvhgvwoYtf8RoHpb2_M7BRglvXbQ_hS_OudqRgGiFxOD1sQFf-bANtHl5yxwgOuJm3T5oQftqn6P9cCP1I4TV9FjmE3wAJrV1hHObm2jjXwcE7e61GZOjTm_KaP_YAO5UqTXSfCmPEGyEM97C=w400-h223" width="400" />
</a>
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Há muito, muito, muito tempo atrás, quando eu ainda era jovem, eu olhava o futuro como algo tão grandioso, parecia distante e vasto como um campo sem limites. A vizinhança onde eu cresci era vibrante, cheia de vida. A gente, a turma dos “predin” (um condomínio bem grande, cuja maioria dos moradores fazia parte da nova classe média, que vinha dum passado histórico de pobreza severa em grande parte dos casos), acreditava piamente que iríamos conquistar o mundo, não importava o caminho. Parecia inevitável, tipo o Thanos.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Hoje, paro e olho ao redor, vejo que tudo se transformou. A gente nunca imagina que tudo vá se transformar tanto, né? Muito menos imagina no quê esse “tudo” se transformará.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A vizinhança mudou e nós, as crianças de lá, crescemos e muitos de nós nos perdemos pelo caminho. É uma loucura pensar como este lugar, esta cultura, esta época, conseguiu esmagar tantos sonhos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Exemplos há vários: tem a da Jana, pobre dela, com um futuro brilhante tão promissor, mas deixou a escola e teve filhos cedo, cedo demais, sozinha demais. O Marco ainda tá na casa dos pais, sem trabalho, só no violão e no paiol, sem nenhuma ínfima perspectiva de conquistar nada. O Jão, de tanta dor, remédio e tormento solitário, abriu mão da própria vida. O Brão, morto por overdose. Alberto, emocionalmente dilacerado, cansou de interagir com as pessoas e se isolou, só acorda, trabalha, come e dorme.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ainda me pergunto: o que aconteceu com a gente? O que fizeram de nós? A realidade veio como um soco, mais cruel que qualquer pesadelo. Será que pesadelo é sinônimo de realidade?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Acho que talvez a gente tivesse alguma chance, mas nada é de graça nessa vida. Para maioria de nós, não é...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É quase impossível não sentir saudade de como as coisas eram, mas lembrar de como era me faz enxergar como acabou ficando e ver isto – muitas das vezes - é sofrido demais, ver como tudo desmoronou dói demais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É um choque perceber como a vida é frágil, mas ela é. Como sonhos podem se desfazer bem diante dos nossos olhos, mas eles se vão, como castelos de areias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;">.</div><div style="text-align: justify;"><i>(texto inspirado pela música The Kids Aren't Alright, by The Offspring)</i><br /></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-90561875233907425802023-12-21T21:33:00.003-03:002023-12-21T22:34:28.156-03:00Toda manhã<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB1TGODAzjTbqYR6Zpd6hFdlMnLYKc6if42iwJ875ba7G3wjFdgchLHyFflOXllvyoEpe7latS5WbQK0FnvGlTHEyvQHrXyhA9vZ8PAsVv8d0awkkK1cOOEWISRmQQM_jlCrHJaxRclZwJlsYr3ae8W2L4AONdTlUUNk8mJtOMn0mQBG3ChQfIXk7nvu4O/s1792/file-jRc2WIUJZw2ykyFVwnNXGOqp%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1792" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB1TGODAzjTbqYR6Zpd6hFdlMnLYKc6if42iwJ875ba7G3wjFdgchLHyFflOXllvyoEpe7latS5WbQK0FnvGlTHEyvQHrXyhA9vZ8PAsVv8d0awkkK1cOOEWISRmQQM_jlCrHJaxRclZwJlsYr3ae8W2L4AONdTlUUNk8mJtOMn0mQBG3ChQfIXk7nvu4O/w400-h229/file-jRc2WIUJZw2ykyFVwnNXGOqp%20(1).jpg" width="400"></a></div><p></p><p>Todas as manhãs, antes do cocoricó, lá estava ele, saindo da cama tal e qual um robô programado para encarar a monotonia diária. O ritual matinal? Uma dança enfadonha que começava no banheiro, com o espelho embaçado mostrando o rosto de um homem exausto e tragicamente preso a uma tradição que ninguém se deu ao trabalho de explicar.</p><p>O som da água corrente, a única trilha sonora dessa comédia estranha e abarrotada de erros. Ele seguia os movimentos rotineiros com precisão cirúrgica, mas sem a emoção (como toda boa cirurgia deve ser, inclusive). Sacrifício diários para agradar a sociedade, que, curiosamente, cagava e andava para ele.</p><p>No trabalho (e fora dele, na maior parte do tempo), a regra não escrita era bastante clara: pareça um manequim de vitrine. E lá ia ele, todo santo dia, esculpindo a própria identidade como se fosse um pedaço de argila sem vontade própria. Uma perda de tempo e de si mesmo, mas quem está contando? Todo mundo e ninguém, ao mesmo tempo.</p><p>Então, como supostamente deve ser em todo bom enredo, veio a reviravolta. O mundo começou a mudar, mas ele, curiosamente (ok, não tanto), demorou um pouco para notar. As ruas, os escritórios, as padarias e os mercados - todos viraram palcos para pessoas que desafiavam a velha guarda (ou algo parecido com isso). Liberdade no ar e ele ainda preso na sua bolha.</p><p>Ele resistiu, porque mudar dá trabalho e, convenhamos, julgamentos alheios são assustadores. Mas, aos poucos, bem devagarinho, a ideia de chutar o balde começou a parecer atraente. "E se eu simplesmente parar com isso?", pensou ele, flertando com a ideia da rebeldia. (ai, que rebelde ele!)</p><p>E então, num belo dia, ele decidiu (o famoso "tacou o f*das!). Largou o ritual e encarou o espelho (que drama, né?), mas foi a determinação que olhou de volta, não ele (brega, mas foi assim que aconteceu). Nos dias seguintes, ele assistiu às mudanças, sentindo uma liberdade que crescia mais que planta em comercial de fertilizante, mais que boleto no início do mês!</p><p>Semanas viraram meses e ele se redescobriu. Andava mais leve, como se tivesse tirado um colete de chumbo. Sorria mais, ria mais fácil e até parecia mais humano nas interações sociais. (parece exagero, mas nem é)</p><p>Numa manhã qualquer, enquanto se olhava no espelho, caiu a ficha (ok, isso entrega a idade). A liberdade que ele sentia era mais que um símbolo de mudança cultural: era um grito de independência, um lembrete de que a felicidade muitas vezes está em dar de ombros para o esperado.</p><p>Naquela manhã, ele finalmente se sentiu ele mesmo, livre das pesadas e grossas correntes de uma tradição que já tinha ido pro beleléu. Tudo isso porque, pasme, ele finalmente decidiu: não faria mais a barba!</p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-7758678253235045062023-06-19T15:00:00.002-03:002023-06-19T15:27:17.244-03:00Tá tudo perfeito, mesmo quando não parece<p>Ouvi uma frase maravilhosa num filme que assisti recentemente (lindo, leve e que trouxe ninjas cortadores de cebolas em momentos bastante inesperados... daí serem ninjas, né, Patux!): "There may be something wrong with you, but you're perfect." [Talvez haja alguma coisa errada com você, mas você é perfeita.] (<i>Kevin, seu lindo!</i>)</p><p>Quando o jovem soltou esta frase, eu quase dei uma pirueta no sofá em êxtase. Esta frase simplesmente define TUDO que se há pra dizer para alguém que você admira, dedica afeto, pra uma pessoa que você olha com carinho, mesmo ciente de que, como QUALQUER ser humanos, aquela pessoa possui fraquezas, ela erra, ela tropeça, ela tem dias difíceis. Sabe por que? Porque TODO mundo é assim.</p><p>O que difere as pessoas que possuem/cativam seu amor/afeto das que não possuem são exatamente quais características delas possuem afinidades com suas demandas.</p><p>Qualidade? Defeito? Isso é só o adjetivo que damos às características. Porque, no fim, é isso. Características. Se tem afinidade com meus valores, chamo de qualidade, se não tem afinidade, chamo de defeito, mas na verdade são apenas características.</p><p>Esta volta toda é porque eu olho pra Nêga, todo dia, e penso exatamente o que o Kev disse pra Emily. Foi um momento bem gostoso ver ele dizendo isso na tela, olhar pro meu lado e ver minha Emily ali, embolada com nossos batdogs (rs), ciente de que ela é minha perfeitinha, tantos nos dias mais fáceis até os dias mais complicadinhos.</p><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-31966469637923610072022-09-20T11:53:00.001-03:002022-09-20T11:53:59.604-03:00Too fucked to be somethingSee my pain, look yourself in the mirror,<div>See my happiness, look this terror tale, </div><div>You was, you are, will you be? </div><div>My tear, my smile, my breath and my death. </div><div>They don't see the real me, but, sometimes, I really don't know who I am either. </div><div>Too busy. </div><div>Too hasty. </div><div>Too fucked.</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZFWIt3wJbtHExtCqISaez0xFGFVH1IENdJT_pxXq75C__QCS9es5OTIdKufTnpCvwVGrwHv2odOFZP17FdTQhwEL-XYZ6Q1BZulIM-3cwvRTQ73n1mfS8n6MXDKX80qMozW2bRpvrOFsl/s1600/1663685635163185-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZFWIt3wJbtHExtCqISaez0xFGFVH1IENdJT_pxXq75C__QCS9es5OTIdKufTnpCvwVGrwHv2odOFZP17FdTQhwEL-XYZ6Q1BZulIM-3cwvRTQ73n1mfS8n6MXDKX80qMozW2bRpvrOFsl/s1600/1663685635163185-0.png" width="400">
</a>
</div><i>(sei lá o porquê de eu ter escrito em inglês, mas foi como minha mente dodói cuspiu, eu só digitei depois)</i></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-35546372409665759942022-05-23T12:15:00.001-03:002022-05-23T12:18:46.410-03:00QuebradoChoro preso na garganta.<div>Não, não sei o motivo, nem quero chorar, mas o choro está aqui, represado. </div><div>Há uma dor, uma dor perene, uma enxaqueca emocional. Cada vez que o coração bate, cada volta que o sangue dá, dói.</div><div>Não, não sei o motivo, não há prazer nessa dor, não é uma dor amiga. </div><div>Há uma desesperança, uma apatia profunda, o mundo é colorido ao meu redor, mas só o vejo cinza e às cinzas. </div><div>Não, não sei o motivo, não quero morrer, mas viver está doendo. </div><div>Eu ando, mas não caminho. Eu salto, mas não saio do chão. Eu decolo, mas não voo. Eu mergulho, mas não me molho. </div><div>Não, não sei o motivo, mas abrir os olhos não é confortável e respirar é um desafio. </div><div>Pessoas falando coisas inaudíveis, músicas tocam desafinadas, na TV as imagens estão borradas, bem-te-vis gralham e cigarras uivam.</div><div>Não, não sei o motivo, nem sei se há e isso é agoniante. </div><div>Olho para o horizonte e nada vejo, olho ao redor e vejo nada. Há apenas o não existir, um vasto e inextinguível vazio.</div><div>Não... </div><div>Não sei o motivo...</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3IEP1NNIwzcHDwR14rYBzY3H70ZedWewLniqHbzJ9LOGlMlO45EcmsG9UCJk9skvlXllVzIf1NJpDsAhYIIAfD8JjK6fBkz13b8piSErnHsTe4FAVzKRQ41YaiWPCAN_9joLeEJTuQJMp/s1600/1653318915182542-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3IEP1NNIwzcHDwR14rYBzY3H70ZedWewLniqHbzJ9LOGlMlO45EcmsG9UCJk9skvlXllVzIf1NJpDsAhYIIAfD8JjK6fBkz13b8piSErnHsTe4FAVzKRQ41YaiWPCAN_9joLeEJTuQJMp/s1600/1653318915182542-0.png" width="400">
</a>
</div><br></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-20347902382865105422022-04-06T15:48:00.000-03:002022-04-06T16:26:34.103-03:00Jamais Esqueceremos <div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Da inércia veio o golpe... </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><br></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Passaria desapercebida sua chegada, não fosse a adoção da estupidez, da crueldade, do silenciar da desesperança.</span></div></div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;">A dor tornou-se moeda corrente, o medo fez morada nas esquinas, o som dos motores não causava euforia, mas apenas pânico.</div><div style="text-align: justify;">Com requintes azuis, vermelhos e brancos, a bandeira outrora azul, branca, verde, amarela fez-se rubra, temperada com sangue de ratos e pólvora.</div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;">Uma terra, outrora construída com o sangue de mãos pretas, que, contudo, hasteava bandeira com as cores do brasão de família luso-austríaca, herdeiros, exploradores, foi inundada pelo ridículo e patético pânico de um projeto de sociedade justa, dos comuns.</div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;">O verde, herança de Bragança na flâmula, agora era a cor daqueles que distribuíam tiros, pontapés e torturava o próprio povo.</div><div style="text-align: justify;">O amarelo, herança de Habsburgo, agora era apenas a cor da luz nos postes, iluminando corpos inertes, outrora cheios de jovem vigor e vasta esperança.</div><div style="text-align: justify;">Ao branco e azul restaram os papéis e tintas das esferográficas, milhares de registros falsos, alegações de crimes jamais cometidos por aqueles que eram eliminados, fustigados e exilados.</div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;">À farda nunca foi cobrada a dívida por seu crime à nação, ao povo que devia servir, não explorar, furtando-lhe recursos e justiça.</div><div style="text-align: justify;">Aos ianques nunca foi pesada a mão por sua maquiavélica atuação em solo sul-americano.</div><div style="text-align: justify;">O passado, que àqueles de tez preta já tanto devia, pesou sua mão, novamente.</div><div style="text-align: justify;">Nos livros, como predominantemente ocorre nestes casos, a história é distorcida e, quando muito, contada pela metade. O revisionismo chamou ao golpe de movimento.</div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;">Passaram-se quase seis décadas e nesta terra ainda habitam paquidermes obsoletos que louvam os dias manchados da história, saudosos da segunda maior tragédia que a terra brasilis já experimentou, desde a invasão européia, mais de cinco séculos atrás.</div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFb_oRFdjOnPaqbtQ_BHuxEoiR_kAMyTPVpu_Ul0uq2IZOmFnxwOW75C-sFVXyb5-zFEE8sObS8MsOgkJqZOdeASRmz__UDkq3YCMuaGaRlxewOXAMBqm7Mry-YAR3s8pI-l8iVkhtK55v/s1600/1649270882850530-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFb_oRFdjOnPaqbtQ_BHuxEoiR_kAMyTPVpu_Ul0uq2IZOmFnxwOW75C-sFVXyb5-zFEE8sObS8MsOgkJqZOdeASRmz__UDkq3YCMuaGaRlxewOXAMBqm7Mry-YAR3s8pI-l8iVkhtK55v/s1600/1649270882850530-0.png" width="400">
</a>
</div><br></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-70632233237894017232022-04-06T14:35:00.001-03:002022-04-06T14:35:14.735-03:00Conjugando a noite (poema) <div>Comendo, bebendo, falando,</div><div>Beijando, transando, fudendo,</div><div>Vendo, rindo, ouvindo, </div><div>Olhando, respirando, dormindo...</div><div><br></div><div>Era tudo muito bom,</div><div>Em tudo havia paz,</div><div>Este deve ser o tom,</div><div>Vida boa assim se faz.</div><div><br></div><div>Disso ainda quero mais,</div><div>Consumidor contumaz,</div><div>Porto um apetite voraz.</div><div><br></div><div>Então eu ouso repetir,</div><div>Estou aqui, pode vir,</div><div>Meu prazer é te servir,</div><div>Teu prazer faz-me ebulir.</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8lmLUV_FxZGXFzYaS9CMEgdrQ9NUAAMZt2g_DUB5KqYk13dybRubJzNXGaQlLbn7DcFWrRX9DDbRkmBF7ag1mrEWaqdVP3Zx-FbDXml3oc91ZeD-KAqkxgbh3Zva4xHBRc9JVr8PqkaUZ/s1600/1649266508938001-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8lmLUV_FxZGXFzYaS9CMEgdrQ9NUAAMZt2g_DUB5KqYk13dybRubJzNXGaQlLbn7DcFWrRX9DDbRkmBF7ag1mrEWaqdVP3Zx-FbDXml3oc91ZeD-KAqkxgbh3Zva4xHBRc9JVr8PqkaUZ/s1600/1649266508938001-0.png" width="400">
</a>
</div><br></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-3978133746079814782022-04-06T14:19:00.004-03:002022-04-06T14:19:38.344-03:00Sempre passa (poema) <div><span style="font-family: inherit;">Aqui o tempo passa assim</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Seguindo o tempo dele</span></div><div><span style="font-family: inherit;">No ritmo da rua</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Na cadência do vento</span></div><div><span style="font-family: inherit;">No corre das motos</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Nas páginas dos livros</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Aqui o tempo passa assim</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Sem pedir licença</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Sem dar satisfação</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Sem tirar nem dar</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Tirando tudo do lugar</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Passa assim sem parar</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Passa passando</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Não se importa com nada</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Dono de si</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Dono de mim</span></div><div><span style="font-family: inherit;">Passou de novo</span></div><div><span style="font-family: inherit;">E vai passar</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Sempre passa...</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg33hao-qiGM_1flJ1xa7rihUQbyRcGeE7eKn9o0tt6vwxRx8CVR1mjGM-2QaW1qWySsZgGpDYLOHlneqrYYhq5IZz1PotPjZMvhJmkagMu3Kt5h7_hI4P41ewf1iJGXA1yvAEqxUri3LIOeD62bGb8cW1w3hwyDz1NEZgL2kzGhBFbUcZ7XWqEHc6wuw/s4032/20220406_141548~2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg33hao-qiGM_1flJ1xa7rihUQbyRcGeE7eKn9o0tt6vwxRx8CVR1mjGM-2QaW1qWySsZgGpDYLOHlneqrYYhq5IZz1PotPjZMvhJmkagMu3Kt5h7_hI4P41ewf1iJGXA1yvAEqxUri3LIOeD62bGb8cW1w3hwyDz1NEZgL2kzGhBFbUcZ7XWqEHc6wuw/w400-h300/20220406_141548~2.jpg" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-65874649107467398402022-03-15T14:49:00.002-03:002022-03-15T14:51:18.993-03:00Rotina é um trem bem coisado<p>Toca o alarme, acorda, banho, se apronta, trabalha, descansa, programa o alarme, dorme.</p><p>Está aí um sucinto resumo resumido da rotina do brasileirinho trabalhador, nós, esse povo que todo dia toma um 7x1 na cabeça mas que, por razões basicamente instintivas, insiste em sobreviver.</p><p>Uns sobrevivem "apesar de", outros "por causa de", mas no frigir dos ovos o que acontece é o resultado dessa mania insistente de persistir. Nesta sequência caótica aleatória de eventos que chamamos de vida, buscamos encontrar alguma forma de ordem, é uma demanda natural do ser humano, encontrar padrões onde muitas das vezes nem há.</p><p>Apesar de todo o caos cotidiano, muitos buscam organizar seus dias. Definir um fluxo adequado de ações para tornar seus dias proveitosos. Organizamos o tempo pro trabalho, pros estudos, pra família, pro entretenimento, etc etc. </p><p>Legal, bonito no papel, bonito quando falamos, mas e o tal do "na prática"?? Fu-deu!</p><p>Coisa mais comum que se encontra nesse mundo eurocêntrico, principalmente nas <i>interwebs </i>afora, é gente escrevendo sobre rotina e dando bronca na geral, afirmações categóricas de que ter um cronograma de sua semana e planejamentos de curto, médio e longo prazo são extremamente necessários e são garantia de sucesso. (imagine aqui minha cara de muito, muito nojo)</p><p><i>(Off-topic: se há uma coisa que hoje me causa náusea é quando uma pessoa escreve ou fala como os outros devem conduzir sua vida privada. Chamamos isso carinhosamente de "cagação de regra". Eu chamo de “gabarito do Olavo” [sim, é isso mesmo que está pensando]. Um disgramado infeliz qualquer cisma que as pessoas devem viver da forma X para obterem felicidade e sucesso, usando como bases os dados do ITDC [Instituto Tirei Do Cu], sai criando padrões e, pra meu desespero, vejo uma porrada de gente comprando esses discursos tão profundos quanto um cuspe no asfalto quente. Pense num ranço!!!)</i></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiji4wy_ZRlm12BuXZGdNJIOSAZu53Qaec-l0htCb1iCnJh86PLo0nX73AoOspLoOp6DZTAyux73-qYct4rbz0IGGOVo3r09O3KJMPiQL1S0YOFNqlp7hfpas8tRyfdhbdrdJp6r20PbkHI0nUjiQ6eY5UxLNLEMntEUiD4kh6ZTg04yA_uRIOt89I2Zg=s1920" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1305" data-original-width="1920" height="435" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiji4wy_ZRlm12BuXZGdNJIOSAZu53Qaec-l0htCb1iCnJh86PLo0nX73AoOspLoOp6DZTAyux73-qYct4rbz0IGGOVo3r09O3KJMPiQL1S0YOFNqlp7hfpas8tRyfdhbdrdJp6r20PbkHI0nUjiQ6eY5UxLNLEMntEUiD4kh6ZTg04yA_uRIOt89I2Zg=w640-h435" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-size: x-small;">Imagem meramente ilustrativa de influencer padrão no Instagram.</span></i></td></tr></tbody></table><p></p><p>Acontece que entender e respeitar a forma que os outros conduzem a própria vida, quais são suas prioridades individuais, é simples - porém complicado! - e caminha, quase sempre, numa linha tênue entre querer o melhor do próximo e querer que o próximo viva do jeito que você quer.</p><p>A confusão fica maior ainda quando, de tanto desenhar na tua cabeça como o outro deve viver, você começa a desenhar como você deveria viver. É comum ver as pessoas entrando num vórtice distorcido da própria realidade, das capacidades e potenciais que dispõe. Vira uma sopa de auto-análise que mistura culpa, mérito, autocomiseração, uma verdadeira balbúrdia alienada da simplicidade dos fatos.</p><p>Não questiono aqui o hábito de refletir como você está vivendo, comparar isso com como gostaria de estar vivendo dentro das possibilidades que a vida te oferece e fazer ajustes pontuais paulatinamente. O que, por muitas vezes questiono, é quando as pessoas se prendem ao que poderia ser ao invés de entender o que é e o que poderá ser.</p><p>Parece um detalhe na conjugação do verbo, mas penso eu que a questão vá bem além.</p><p>Quando você passa muito tempo pensando no que poderia ser ou viver, “se isso”, “se aquilo”, está apostando em todas variáveis que seriam alteradas sobre as quais não possui controle nenhum! NENHUM! Ao ficar confabulando e ruminando o passado, lamentando e (comumente) se culpando pelas escolhas que foram feitas, você está se apoiando na falsa premissa de que SE tivesse feito outra escolha na situação X o resultado seria Y. A questão é que NADA garante que as coisas resultariam na sua estimativa caso você tivesse feito outra escolha, pelo simples fato de que assim como você supostamente faria outra escolha, todas as pessoas e demais variáveis também (provavelmente e potencialmente) seriam diferentes e, consequentemente, você não faz a mínima ideia do que de fato aconteceria no fim das contas.</p><p>Feita esta ressalva, voltemos à questão da busca por padrões.</p><p>Buscar ou criar padrões é uma demanda inata do ser humano. Encontrar padrões otimiza o gasto energético do cérebro, porque ele não precisa pensar no que já foi estabelecido como padrão, podendo focar apenas naquilo que é variável, novo e/ou urgente.</p><p>É aí que mora o perigo. Aí está o calcanhar de Aquiles, o grego, dos palestrinhas do Instagram. Essa paspalhada de que o sucesso está nas pessoas pragmáticas, que estabelecem rotinas precisas, com alta produtividade nas 24h do seu dia. Sim, porque a pessoa de sucesso (dizem!) trabalha enquanto você dorme.</p><p>Eu não sei se você já reparou mas, ao pé da letra fria, NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM. Sim, assim mesmo, em letras garrafais, se fosse possível seria em letras <i>engradadais</i>!! O que funciona pra um não necessariamente funciona para outro. O que traz satisfação para um não serve para outro. A satisfação de cada ser humano é absolutamente individual e única, por mais que hajam padrões culturais estabelecidos e estruturalmente reafirmados, ainda assim, a humanidade não tem a capacidade física de produzir sequer dois seres humanos com precisamente os mesmos estímulos, a mesma história e, consequentemente, encontrar satisfação e realização precisamente nas mesmas coisas. Daí me vem um infeliz, no alto de sua arrogância, prepotência e sentado no seu PhD de sofá, definir um padrão único que resulte magicamente em felicidade, satisfação e sucesso. É cilada, Bino!</p><p>Quer criar para si uma rotina saudável? Crie. Quer viver sem rotina? Viva.</p><p>A graça da coisa está em encontrar o SEU tempo à seu tempo. Encontrar SUA forma à sua maneira. É você quem mora no seu corpo, é você quem viveu, vive e viverá sua história. É você quem dorme e acorda com você mesmo. Não permita que tirem de você exatamente o que te faz ser você.</p><p>Eu estou aqui, na vigésima tentativa de criar novas rotinas para minha vida, para meu cotidiano. Eu me conheço bem, de supostas dez mudanças que me proponho, sei que uma ou duas é que se tornarão perenes e tá tuuudo bem. Corrijo um comportamento aqui, extingo um comportamento ali, realinho discurso com prática neste e naquele ponto, planejo isso, aquilo e vou, devagarinho num ponto, acelerado em outro. Esse é o meu jeito, é a forma que aprendi a lidar com as mudanças e com minha evolução. Não tem certo, nem errado.</p><p>E você, está pronto para aceitar seu jeitinho único e maravilhosamente humano de lidar com rotinas e mudanças?</p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-17550966320833325402022-01-05T12:45:00.001-03:002022-03-15T14:51:45.987-03:00Nada mais<p class="msipheaderd7144d03" align="Left" style="margin:0">Agarrar litros de água entre duas mãos cruas, este é o erro da pessoa que tenta prender tua energia vital para si.</p><div class="WordSection1"><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Vãos e torpes são os intentos de tomarem apenas para si a vivacidade que há em ti.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Não posso negar que um sorriso me brota no rosto quando vejo as pessoas seduzidas por seus traços, encantadas pelo teu caminhar, entorpecidas pelos teus olhares e dominadas por cada feitiço lançado ao mover de teus lábios.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Sob o encanto de observá-la, em tudo que exalava tua existência, desejei saciar minha sede em tuas nascentes.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Então, tal qual alguns deuses benevolentes de outrora, decidiu me favorecer dentre os demais e tornar-me o mais sortudo dentre os mortais.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Porque foi de tua boca enrubecida que provei beijo mais doce que o mel, de tuas mãos minha pele provou o toque mais agradável que lençóis de mil fios, de tuas coxas minha boca se deliciou com o mais perfumado licor e em teus olhos eu vi as chamas escarlates que acenderam minha presente existência.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">As palavras se amiudaram, o mar soava nas indas e vindas das águas no litoral, dominava o ar o aroma vindo da humidade condensada em todas as superfícies e por fim a brisa suave se fez quando tudo se acalmou.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Ali, naquele instante, a vida bastava e nada mais era necessário. Nada mais.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvwwNyxF9LYKs1arxq2-xlL4uAXjduv6XNcMz3tzP-J7GIk5e6yqW0b_zvp4Wa52E96Ysjd0R0CXa2X_SFUOenQcIt81TMFoldedVTj4GT_REQ851NLa8ZZj13M1hEPawh9EJQuHN0FoC3/s1600/1641397534652159-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvwwNyxF9LYKs1arxq2-xlL4uAXjduv6XNcMz3tzP-J7GIk5e6yqW0b_zvp4Wa52E96Ysjd0R0CXa2X_SFUOenQcIt81TMFoldedVTj4GT_REQ851NLa8ZZj13M1hEPawh9EJQuHN0FoC3/s1600/1641397534652159-0.png" width="400">
</a>
</div><br></p> </div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-8061091531244782742021-12-28T19:05:00.001-03:002022-03-15T14:51:55.606-03:00Sobre pássaros e relações<p class="msipheadere7d5a1b3" align="Left" style="margin:0">Há pássaros de diversos portes, proporções, cantos e cores. Há pássaros mais dóceis à convivência humana, outros mais restritos. Claro, não é culpa deles, é instintivo e varia de espécie para espécie.<br></p><div class="WordSection1"><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Há humanos de diversos portes, proporções, tons e cores. Há humanos mais dóceis à convivência social, outros mais restritos. Claro, não é culpa deles, é instintivo e varia de contexto para contexto.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">As relações entre humanos não se dão na fluidez que a natureza propõe às outras espécies do planeta, ao menos quando estas não estão em ambientes dominados (e provavelmente destruídos) pelo homo sapiens. No jogo de analogias e amálgamas de ideias, proponho uma breve resenha sobre relações saudáveis.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Quando pensamos em relacionamentos saudáveis, em qualquer espectro de relacionamento, quais características comumente encontramos nas mais perenes e positivas? Eu tenho minha lista e nela não constam jaulas, algemas, prisões, pressões, demandas draconianas, ameaças, mordaças, enfim, poderia listar objetos e verbos <i>ad infinitum</i>.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Você já viu como se comporta um gato selvagem quando é enjaulado? Ou outro animal qualquer, que sempre viveu bem e livre, de repente, colocado em uma jaula ou sob o julgo da coleira?<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Ao estudar sobre a questão das relações humanas e como os vínculos se estabelecem, me pergunto: em que momento nossa cultura achou interessante que relações devam se basear em obrigações, cobranças, atendimento de demanda e nesta distorção sobre responsabilidade afetiva?<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Sinceramente, é responsabilidade afetiva quando o outro é obrigado a corresponder suas expectativas? É responsabilidade afetiva quando você precisa estabelecer o que o outro pode ou não fazer? Onde está a responsabilidade afetiva quando as características do outro não são respeitadas e você demanda que ele corresponda da forma que você quer, não da forma que ele sabe e pode fazer?<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">As pessoas criaram um formato de relação utópica e tóxica, em que as asas não podem bater e o outro precisa ser mantido na gaiola, na jaula, sempre disponíveis e – por que não? – cantando a música que você quer.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Olhe ao seu redor, olhe para seu histórico de relações, sejam com familiares, amigos, paixões, colegas, etc. Quais destas relações foram pautadas em liberdade? Quais destas relações foram pautadas em respeitar que o outro seja o outro? Quantas relações você estabeleceu em que o outro podia ser sempre ele, do jeito dele, e “tudo bem”?<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Giramos, giramos e caímos quase sempre no mais eficiente atalho pra falência de qualquer relacionamento: a expectativa, o controle e o egoísmo. Eis o triunvirato que sustenta a cultura onde se chafurda a grande maioria das relações estabelecidas.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Por fim, faço o convite. Estabeleça relações com a pessoa sendo ela quem ela é. Seja você o bastante para que a pessoa queira voltar, quando ela for visitar o mundo. Se ela não voltar, tudo bem, provavelmente é o melhor para ambos. Abra mão do controle das pessoas, respeite a liberdade, permita que respirem. Pessoas não são bens para serem posses.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">A plenitude da vida de um bem-te-vi não é dentro de uma gaiola, por que seria assim nas relações de afeto entre pessoas?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiglKWBKIpDiLDPzxs12hJj-E8vi9Qtlkw-RZo1xh5hZtGGwdxDfp_JMDayQ2ffABIFqdG9Ei5UEsgStol9-Ww5zs0SsWfXtTCQT3X8lI1inn40kU6cDm8mri_4Em9aSXJp3oEf0MOGuI9q/s1600/1640729139536318-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiglKWBKIpDiLDPzxs12hJj-E8vi9Qtlkw-RZo1xh5hZtGGwdxDfp_JMDayQ2ffABIFqdG9Ei5UEsgStol9-Ww5zs0SsWfXtTCQT3X8lI1inn40kU6cDm8mri_4Em9aSXJp3oEf0MOGuI9q/s1600/1640729139536318-0.png" width="400">
</a>
</div><br></p> </div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-87700520895680081702021-12-23T20:34:00.001-03:002021-12-23T20:34:37.876-03:0090 Dias<div>Se há algo que o ser humano não gosta de lidar, em geral, é com mudanças de hábitos, alteração profunda de contextos, fazer revisão de rotinas, coisas desse tipo.<br></div><div><br></div><div>Não, jovem padawan, eu não estou falando da cooptação do tempo livre do trabalhador através de um produto chamado turismo. Quando eu falo de mudanças, falo de mudanças perenes, destas que efetivamente causam mudanças em longo prazo.</div><div><br></div><div>Mudanças como organizar o sono, correção de dietas alimentares, manutenção da organização doméstica, ponderação do consumo de açucares e bebidas alcoólicas (que são basicamente a mesma coisa), etc.</div><div><br></div><div>Estas mudanças, quando perenes, provocam efeitos, colaterais ou não, que, em regra, podemos classificar como positivos. É aí que entra o título deste texto: 90 dias.</div><div><br></div><div> </div><div><br></div><div>Ali pra meados do mês agosto, do ano de 2021, me bateu certo um pico de cansaço de algumas coisas na minha vida. Até aí, nada novo sob o sol. Se tem algo normal na minha vida é eu me cansar dela. Porém, ao listar os prováveis problemas que eu precisava resolver com mais urgência, me deparei com a ironicamente triste realidade de que eu precisava rever meus hábitos, rotinas, costumes e afins.</div><div><br></div><div>Cito alguns exemplos como me libertar das redes sociais (principalmente as duas mais tóxicas: aquela azul das fake news, lar de idosos; e a das fotos de vidas que nunca foram vividas e causam inúmeros danos psicológicos já estudados), parar de fumar, ponderar o consumo de bebida alcoólica, retomar a prática de atividades físicas, corrigir a rotina de sono, enfim, estava tudo muito, muito bagunçado. Então, do nada, aceitei, entendi e tracei o processo. “E lá vamos nós...”</div><div><br></div><div> </div><div><br></div><div>Agora, final de dezembro de 2020b, completo três meses efetivos neste processo de mudanças. No fundo, a chave disso é entender que é um processo, uma jornada (oi, Lumena!) com passos, tropeços, saltos, é cair e se erguer novamente.</div><div><br></div><div>Longe de mim virar um evangelizador da vida fit, não tenho nada contra, tenho até amigos que são (rs... não, num tenho não... mas a piada veio quicando).</div><div><br></div><div>Descobri desafios que eu, até então, não me dava conta que seriam tão grandes. Também descobri que coisas que eu imaginava que morreria sem, vivo tranquilamente sem (ou com bem pouco), hoje.</div><div><br></div><div>Quem me conhece pré-agosto 2021 sabe do meu vício em cafeína. Era coisa de 1 litro por dia de café. UM FU-CKING LITRO! Agora, quando muito, é uma xícara pela manhã e só. Nunca tive crise de abstinência ou similar e, isso sim, foi uma surpresa.</div><div><br></div><div>Café, cigarro, cerveja, insônia infinita, dieta zoneada, sedentarismo. O processo é embaçado, tio!</div><div><br></div><div> </div><div><br></div><div>Enfim, “um dia de cada vez” ou “só por hoje”. Esse é o rolê.</div><div><br></div><div>Espero poder voltar pra contar sobre cada faceta deste processo de mudança.</div><div><br></div><div>Agora tenho tempo... mas depois explico isso.</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBzUVyE0_Ntau57PixhNICi_ctq3mMU0BRo3mY-BzfYofT992H7OaiQ3AY1krX5vMQmoTEZCkSkTAk_xh4wgHh0iv12gPv8ZQwQdYjPD8ZyWC3y4dgF5Xm520JZR3ElhOQXbrVcSsqEuqO/s1600/1640302471371891-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBzUVyE0_Ntau57PixhNICi_ctq3mMU0BRo3mY-BzfYofT992H7OaiQ3AY1krX5vMQmoTEZCkSkTAk_xh4wgHh0iv12gPv8ZQwQdYjPD8ZyWC3y4dgF5Xm520JZR3ElhOQXbrVcSsqEuqO/s1600/1640302471371891-0.png" width="400">
</a>
</div><br></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-88833760398052085812021-06-21T14:22:00.001-03:002021-06-21T14:24:48.004-03:00O colapso da militância está se desenhando<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMSszLCgjKmaNeLZttl5EbOBHzX6Cks0n1SlG8WzXHbimc9OrR7jEI4Hzn6OPJtIkNzt087SHbacwNwpw5QrJgMIMa74bBjeGr3UfQTKwNguw_vtWdqh_CRczyyvPfwILTpjenqYgo_oV7/s2342/20210621_130916.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1561" data-original-width="2342" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMSszLCgjKmaNeLZttl5EbOBHzX6Cks0n1SlG8WzXHbimc9OrR7jEI4Hzn6OPJtIkNzt087SHbacwNwpw5QrJgMIMa74bBjeGr3UfQTKwNguw_vtWdqh_CRczyyvPfwILTpjenqYgo_oV7/s320/20210621_130916.jpg" width="320" /></a></div><h3 style="text-align: left;">Uma das premissas básicas de qualquer movimento social relevante é a quantidade de pessoas impactadas e engajadas neste movimento. </h3><p></p><p>Todas as revoluções políticas ou culturais podem atingir diversos resultados, que de forma simples gostaria de listar.</p><p>As passageiras foram aquelas cuja proposta parecia genuína, porém, após o caos necessário, mostrou-se pior que o que havia antes.</p><p>Há as que atingem parcialmente sua meta revolucionária, alcançando apenas parte das mudanças propostas. Perde-se a revolução mas ganha-se mudanças. É o famoso "um passo de cada vez".</p><p>Por fim, há revoluções que alcançam o resultado esperado e se fazem perenes as novas propostas. São raras, porém, quando ocorrem, todos se perguntam após alguns anos o porquê de não terem feito isso antes.</p><p>Enfim, uma coisa é fato: toda revolução, para ter engajamento de um povo, precisa começar na base, precisa atingir a massa, precisa fazer sentido, precisa propor mudanças que ofereça melhor vida para todos, principalmente os oprimidos. Isso se aplica a qualquer contexto.</p><p>E como eu atinjo a base? Com muito, muito, muito diálogo. Com ideias concisas, lineares e coerentes.</p><h4 style="text-align: left;">Por que caralh*s você está falando tudo isso, mesmo de forma tão resumida, e o que isso tem a ver com o título do texto??</h4><p>A questão é que estamos assistindo, provavelmente pela milésima vez na história humana, o sequestro das pautas e bandeiras dos minorizados (ex: mulheres, LGBTQI+, pretos, etc). Sequestrados pelos indivíduos que em algum momento conquistaram relevância com seus textos, discursos, postagens e afins. Estamos assistindo a construção de avatares que, na posse da relevância que seu público lhe deu, usam dos temas, que são legítimos, como ARMAS pessoais ou como PRODUTO.</p><h4 style="text-align: left;">"Nossa, Tio Patux, como assim? Eles estão trabalhando em prol da causa, merecem ganhar dinheiro com o que fazem!!"</h4><p>Minha resposta é: <b>TEU C*!!!</b></p><p>A recompensa financeira (através de merchandising/adsense/publicidade comercial) promovida pelo engajamento em pautas sociais é exatamente tudo que o sistema capitalista deseja. </p><p>O <i>influencer </i>que <b>LUCRA </b>com a militância que o cerca é exatamente igual uma rede de lojas que, DO NADA, começa a fazer publicidade para o público LGBTQI+ (a título de exemplo). Eles <b>usam </b>da pauta e <b>faturam </b>como <i>pink money</i>. Isso acontece com todas as pautas, da antimachista à antirracista, além de outas várias.</p><p>A questão é que esse sequestro <b>individual </b>de algo que era para ser coletivo é o oposto daquilo que quero como projeto de sociedade.</p><p>O foco no indivíduo, ao invés do foco nas ideias e no bem coletivo, é a premissa básica de um sistema que criou e agrava todas as mazelas sociais. Fome, miséria, desenvolvimento científico direcionado ao interesse do capital, entre outras tantos fracassos da humanidade. Todos estes males já podiam ter acabado, não fosse o sistema vigente.</p><p><b>Usar </b>das pautas de luta social por um mundo justo como produto é a deturpação e invalidação da luta. Ou melhor, a luta em si nunca será inválida, já os <i>influencers</i> que lucram em cima da militância com seus perfis em redes sociais, esses sim, são laranja podre.</p><p>Se a luta por um mundo justo fosse uma árvore, os <i>influencers militudos</i> são o pior tipo de cupim!</p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-69850091625041563242020-06-24T04:08:00.003-03:002020-06-24T04:13:24.496-03:00After Life, porém vivo.<b>Olá! </b><b>Eu sou o Patux e hoje é dia 24 do mês de junho do ano de 2020 da era comum.</b><div><br /></div><div>O mundo está imerso em diversos problemas. De repente veio uma pandemia, a Covid19, o histórico "coronga vairus". É, brasileiro faz isso, piada com tudo.</div><div>Temos também uma ótima piada na presidência do país nesse momento.</div><div>Outra piada de péssimo gosto que temos, há alguns séculos, é o racismo, o machismo e, se não bastasse, a homofobia. Todos matando inúmeros seres humanos por eles, simplesmente, serem quem são.</div><div>Contudo, todavia, entretanto, mazelas demais nunca bastam. O ser humano, a humanidade, é perita em criar mais e mais. Impossível listar todas.</div><div><br /></div><div>É neste 2020 que encontrei uma série, disponível num serviço de streaming de vídeos (séries, filmes, documentários, etc) chamada Netflix, chamada "After Life".</div><div><br /></div><div>Não, não terminei de assistir todos os episódios ainda. Talvez eu nem termine. Sou particularmente muito bom em não terminar certo as coisas que começo. Assistir séries é só uma delas.</div><div><br /></div><div>Acontece que, neste momento, terminei o quinto episódio da primeira temporada desta série. Talvez você nunca chegue a assistir, então, em resumo, lá vai.</div><div>A série tem como sua sinopse a seguinte: </div><div></div><blockquote><div><i>After Life se desenvolve em torno de Tony, cuja vida é virada de cabeça para baixo depois que sua esposa morre de câncer de mama. Ele contempla o suicídio, mas decide viver o suficiente para punir o mundo pela morte de sua esposa, dizendo e fazendo o que der na telha. Embora ele pense nisso como seu "superpoder", seu plano é prejudicado quando todos ao seu redor tentam torná-lo uma pessoa melhor. (Wikipedia, 2020)</i></div></blockquote><div><b>Este texto não é sobre a série, é sobre o que aconteceu comigo enquanto eu via a série.</b></div><div><br /></div><div>Eu não "perdi" minha esposa pra morte. Perdi um filho, mas curiosamente esta não é a questão hoje.</div><div>A questão é que eu nunca me enxerguei com uma afinidade tão intensa e profunda com um personagem, em qualquer mídia disponível pela humanidade em 2020, como foi com Tony.</div><div>Tony se apresenta como um homem totalmente desiludido com a graça da vida. A partida de sua esposa é uma dor que ele não consegue lidar e decide, sabe-se lá por qual cognição, que ele vai despejar no mundo sua dor, sua ironia, seu sarcasmo.</div><div><br /></div><div>Vou traduzir em bom português (idioma utilizado no Brasil, em 2020, caso esteja vivendo numa realidade onde isso não faça sentido... já adiando: pra mim, em 2020, já não faz!): <b>ele decidiu tocar o fodas</b>, desde que haja um salário no fim do mês para se manter e manter a ração de sua cadela (única coisa que, aparentemente, restou de importante após o falecimento de Luci).</div><div><br /></div><div>Agora voltamos a mim, em 2020, enquanto escrevo isso aqui.</div><div><br /></div><div>Curiosamente, chorando absurdos e ao fim do quinto episódio, vi que Tony viveu situações que o fizeram se dar conta de que ele não está tão disposto de abrir mão da vida, da felicidade, de tudo que tem alguma importância pra ele. <b>Contudo, ainda sim, ele continua irônico, sarcástico e, algumas vezes (várias, na verdade), bastante inconveniente. Frio.</b></div><div><br /></div><div>Eu repito: não "perdi" minha esposa após 25 de casado, como ele. Contudo, porém, todavia, entretanto, por alguma razão, me vejo totalmente identificado com ele.</div><div><br /></div><div>Fazem alguns anos (eu diria todos os que vivi, mas digo "alguns anos" só porque não sei quando isso começou) que eu simplesmente abri mão de "ser feliz". Diferente de Tony, porém, eu não culpo o mundo por isso. Eu não culpo a humanidade por isso. Poderia? Sim, seria um caminho simples, mas por alguma razão (eu sei quais, mas isso daria um livro e isso é apenas um texto num blog, logo...), eu prefiro apenas aceitar a natureza humana que me trouxe até aqui, aprender com tudo que posso, incluindo meus vastos e incontáveis erros, me tornar um ser humano melhor e, importante, permanecer vivo.</div><div><br /></div><div><b>Se você leu isso até aqui, provavelmente, tem algum apreço por mim ou por quem indicou este texto pra você.</b> Diante desta breve conclusão (até agora quase inexplicável para mim) quero compartilhar algumas coisas que as lágrimas derramadas, ao fim deste quinto episódio da série, me fizeram escrever este texto.</div><div><br /></div><div>Quero começar com uma informação que, talvez, ninguém te lembre diariamente, mas você deveria saber: você é importante, sendo quem você é e se tornando amanhã alguém melhor do que foi hoje. Somos seres humanos e temos uma incrível capacidade de mudar, adaptar e, curiosamente, evoluir. Com você, ser humano que está lendo isso aqui, não é diferente.</div><div><br /></div><div>Outra informação que preciso compartilhar. Você é o resultado duma equação que possui como variáveis os seguinte itens: 1. genética herdada; 2. tudo que você viveu e absorveu através dos sentidos que seu organismo dispõe; 3. todas as oportunidade que o ambiente onde você vive te deram. Curiosamente, acredite, as três variáveis estão 100% fora do seu controle. </div><div><i><br /></i></div><div style="text-align: right;"><i>Spoiler (!): quem você é possui, provavelmente, 0.01% de "vontade" sua. </i></div><div style="text-align: right;"><i>Sim, ser humano, sua "vontade" é quase nada diante de tudo que você é.</i></div><div style="text-align: right;"><br /></div><div>Agora some os dois parágrafos anteriores.</div><div><br /></div><div>Eu tenho uma pergunta sem resposta. Tenho muitas, mas uma me inquieta todas as manhãs, tardes, noite e madrugadas: por que continuar vivo?</div><div><br /></div><div>Não sei. Tony também não sabia, mas sabia que devia seguir adiante. Eu, tal qual ele, sigo.</div><div><br /></div><div><b>Uma coisa eu sei:</b> recebo muito, muito, muito mais amor e afeto do que me sinto digno de receber.</div><div>Olhando para a humanidade, sou um privilegiado, sem a menor sombra de dúvida.</div><div><br /></div><div>Ao meu redor eu vejo inúmeras, incontáveis, pessoas recebendo muito menos afeto do que uma vida digna deveria dá-las. O mundo e a vida são qualquer coisa, menos (MENOS MESMO) justos.</div><div><br /></div><div>Comigo, por exemplo, ela é injusta: se eu considerar todos os meus erros, todas as vezes que deixei de me importar, todas as vezes que pisei na bola, eu (definitivamente) estou com um débito imensurável com a vida, com a humanidade e com o mundo.</div><div><br /></div><div>Foco... estou devaneando...</div><div><br /></div><div>Tony, o da série, está sofrendo muito porque não encontrou um motivo para permanecer vivo, para permanecer um ser positivo na sociedade, contudo, por alguma razão, ele permanece vivo, permanece resiliente.</div><div><br /></div><div>Eu sou Tony. Ou fui... ainda não sei.</div><div><br /></div><div>Se você se vê no Tony, perdoe-se e siga adiante, buscando ser melhor. Repito: perdoe-se e progrida. Seja melhor amanhã do que foi hoje.</div><div><br /></div><div>Eu poderia terminar este texto sendo bem menos clichê, mas como isso não é uma análise da série, mas apenas o meu "blog" ou coisa parecida, me darei o direito de ser clichê.</div><div><br /></div><div>Mãe, pai, maninha, Caê, Belu, amigos, amigas e amigues: JAMAIS serei capaz de retribuir o afeto, o amor e a dedicação que vocês investiram em mim. Não importa o quanto eu tente, não serei capaz de retribuir da forma que vocês entendem e merecem. Contudo, do meu jeito, eu os amo.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Ei, você aí, ainda está lendo? Tenho um desafio pra você. Dê afeto. Não importa a quem, mas cuide de alguém, não importa se por um segundo ou cinquenta anos, dê afeto. Se importe. Tanto faz se você se acha capaz ou não disso, eu já te disse alguns parágrafos atrás: você é importante para alguém, não importa se você sabe o nome ou não, se você se sente amado por esta pessoa ou não, para alguém a sua existência é importante. Faça isso valer a pena.</div><div><br /></div><div>Pra fechar, sem nenhum novo clichê, quero recomendar que, se você puder, assista pelo menos estes cinco primeiros episódios de After Life, escrita e produzida por Ricky Gervais. Se você não se entender melhor, ao menos irá me entender melhor.</div><div><br /></div><div>Obrigado pelo seu tempo investido até estas últimas linhas. Tenha um bom dia!!</div><div><br /></div><div>Com afeto,</div><div><br /></div><div>Beto, o Patux.</div><div></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-37402942137297563982020-05-10T00:51:00.000-03:002020-05-10T00:51:02.957-03:00Derretendo SatélitesOlá querenteners!!<br />
Tirando o caos, mé ki cêis tão!?<br />
<br />
Então, estava eu, devaneando internet afora e me deparei com um vídeo no instagram duma amiga, feito por ela, tocando um trecho de Derretendo Satélites, da Paula Toller (Kid Abelha) e Hebert Vianna (Paralamas do Sucesso).<br />
<br />
Tô lá, vendo o vídeo da Luísa (@luisagardezim), toda linda, cantando e tocando seu violão, quando me deparo com a letra da música.<br />
<br />
Fui lá googlar atrás da letra completa... foi <i>eita</i> atrás de<i> vish</i> seguido de <i>"mas GENTE!!!"</i> kkkkkk...<br />
<br />
Fui lá, me deliciando com cada frase, trecho e analogias da música, até que descobri que não consegui traduzir uma última referência: "derretendo satélites".<br />
<br />
Sim, exatamente o nome da música foi a única referência, da música todinha, que eu não pesquei. Pesquisei e nada. Nadinha. Nem uma dicazinha!!<br />
<br />
Alguém pode me ajudar? Que car*lhos voadores quer dizer essa frase ("derretendo satélites") nessa música?Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-46465459732138336282020-02-16T23:48:00.001-03:002020-02-16T23:48:47.848-03:002020Olá seus lindos!!!<br />
<br />
Dizem que 2020 começou...<br />
Hoje é dia 16/02/2020...<br />
É, pareeeeece que começou mesmo.<br />
<br />
Vocês fazem METAS todo início de ano? Eu confesso que SEMPRE faço, NUNCA cumpro. Ano passado eu prometi pelo menos umas 10 coisas, ali beirando o "reveião". Quais eram? Não faço a menor ideia, mas provavelmente não cumpri nenhuma. É... acontece...<br />
<br />
Então... 2020, né?<br />
Ano novo, metas foram feitas. TUDO NOVO!!! E eu?? Estou cumprindo um total de 0% do planejado. O melhor e pior é que sei exatamente o motivo disso: eu sou PhD em procrastinação. Sério, eu sou perito sênior nisso.<br />
<br />
Resultado? Vish... lá vamos nós!<br />
<br />
Ler um livro e meio por mês. Não terminei nem o primeiro ainda.<br />
Dar andamento no meu podcast pessoal. Necas!<br />
Tocar 30 minutos de violão por dia. Nadinha!<br />
Estudar inglês/espanhol, 20 minutos/dia. Xiii...<br />
Estabilidade emocional em relacionamentos. KKKKKKKK!!! (melhor piada!)<br />
Não procriar. Não morrer. Não matar. É, falemos disso outra hora.<br />
<br />
De todas a metas, que tracei para 2020, só estou estou dando andamento em uma: me perdoar. Óbvio que estou LONGE do ideal, bem longe, mas hoje tenho mais paciência com minha falibilidade. Difícil pra caralho, acredite, mas estou evoluindo devagar.<br />
<br />
Ainda dá tempo, né? Faltam dez meses ainda pra este ciclo se encerrar. Ainda dá tempo de cumprir algumas metas, azeitar outras. Foco, força e café!!<br />
<br />
Amanhã é segunda-feira, sejamos otimistas: vai que o ano começa amanhã!!!?<br />
<br />
Conto pra você no próximo post.Unknownnoreply@blogger.comBelo Horizonte, MG, Brasil-19.9166813 -43.9344931-20.1555653 -44.2572166 -19.6777973 -43.611769599999995tag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-40804960667083118732019-09-29T10:29:00.000-03:002019-09-29T10:37:05.508-03:00Me perdoeEstou sob tortura fazem alguns dias.<br />
Como em quase todas as outras vezes, sou eu sendo torturado por mim mesmo, por meus pensamentos, minhas revisões de valores, conceitos.<br />
Normalmente em torturas confessamos até o que não fizemos pra nos livrarmos da dor, porém neste caso é diferente. Neste caso o resultado é um quebranto emocional, seguido de revisão moral, concluindo na prática de novas atitudes. (<i>olá 1984!</i>)<br />
<br />
Hoje eu decidi pedir perdão.<br />
Perdão por ter um discurso machista por tanto tempo.<br />
Perdão por ter sido preconceituoso, .<br />
Perdão por já ter refletido o racismo estrutural, disso tenho muita vergonha.<br />
Perdão por ter sido condescendente com os absurdos de alguns amigos, ter me silenciado.<br />
Perdão por não saber controlar meus instintos mais primitivos diversas vezes.<br />
Perdão por diante de uma suposta inteligência, não ter sido sábio tantas vezes.<br />
<br />
Tudo isso é passado, aprendizado, mas sei que doeu e às vezes ainda dói.<br />
Claro, óbvio, doeu mais em você do que em mim, por isso estou aqui, de olhos baixos, pedindo apenas o seu perdão e paciência.<br />
Vou continuar buscando ser melhor, ser maior, um ser humano mais digno e justo.<br />
Se eu tenho um direito, é este. Farei uso dele.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-34249568700535079612019-06-12T09:52:00.001-03:002019-06-12T13:54:44.521-03:0013 dias de Teodoro<p dir="ltr">Há 17 dias estou em férias.<br>
Voltaria a trabalhar 2ª feira, dia 17.<br>
Mas...😔</p>
<p dir="ltr">Quando eu entrei de férias, eu tinha uma ex-esposa internada, grávida de um filho meu, aliás, nosso. Ela havia brigado comigo, até aí tudo normal.</p>
<p dir="ltr">De lá para cá meu mundo simplesmente mudou de uma forma que jamais será o mesmo.</p>
<p dir="ltr">"Houston, we have a problem."</p>
<p dir="ltr">Teodoro esteve em meus braços por 13 dias.<br>
Foi a experiência de vida mais intensa que eu já vivi. <br>
Eu nunca pensei que ser pai iria doer tanto.<br>
Ele cumpriu uma jornada relâmpago e ninguém se preparou para isso, mas isso é problema meu, não dele.</p>
<p dir="ltr"><i>Respire, pai... respire.</i></p>
<p dir="ltr">Ele foi maravilhoso enquanto esteve aqui, nos meus braços, deixando o choro quando eu tirava ele do berço da UTI e ficava com ele no colo.<br>
Aqueles olhos azuis escuros e profundos, conhecendo o pai, conhecendo o mundo, se acalmavam de forma tão gratuita quando eu oferecia apenas um colo, um cantarolar de "Como é grande o meu amor por você".</p>
<p dir="ltr"><i>Respire, pai... respire.</i></p>
<p dir="ltr">Foi mágico o que eu vivi.<br>
Intenso, profundo e transformador.<br>
Tudo dói muito ainda, sei bem que será assim por um bom tempo adiante. É normal, provavelmente natural, mas é preciso honrar a passagem do pequeno guerreiro. Preciso ser o guerreiro que ele me ensinou a ser, ao lutar cada dia para permanecer aqui, para estar mais um dia entre nós. </p>
<p dir="ltr"><i>Respire, pai... respire.</i></p>
<p dir="ltr">Resido no mesmo apartamento, mas não é meu lar.<br>
Tenho o mesmo emprego, mas tanto faz.<br>
Ao redor as coisas estão lá, iguais, mas completamente diferentes.</p>
<p dir="ltr">Volto a trabalhar semana que vem, morando sozinho, sem esposa, sem filho e, por enquanto, sem rumo.</p>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-46759321389045273992019-04-02T14:08:00.001-03:002019-04-02T14:08:13.054-03:00Menos, bem menos…<p dir="ltr">Menos, bem menos…<br>
Quero ter menos. Obter menos. Consumir menos.<br>
Quero ser menor. Não há mais força para crescer.<br>
Quero sentir menos. Não há mais dor que eu suporte.<br>
Quero pensar menos. Há mais perguntas que respostas. Tudo é concreto e complexo demais para mim.<br>
Quero custar menos. Não tenho condições de suportar o desperdício de energia humana que eu sou.<br>
Quero ser menos visto. Quero desaparecer. Me tornar invisível. Esquecido.<br>
Encolher até inexistir.</p>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-34601163391898362672019-04-01T06:33:00.001-03:002019-04-01T06:33:51.577-03:0001/04/2019, Bozoday<p dir="ltr">Hoje é 01/04/2019.</p>
<p dir="ltr">Dia Internacional da Mentira, ou como conhecemos hoje, BozoDay.</p>
<p dir="ltr">Comemore comigo!!</p>
<p dir="ltr">Clique nesse link aí abaixo e leia tudo que consta nele. Tudinho! </p>
<p dir="ltr">Você tem a obrigação MORAL de fazer isso hoje, amanhã de novo, depois de amanhã de novo...<br></p>
<p dir="ltr">https://threader.app/thread/<u>1111420976275701760</u></p>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-836527113736209424.post-61722474671851786562019-01-21T11:38:00.001-02:002019-01-21T11:38:21.998-02:00Segunda-feira <p dir="ltr">Cinza, asfalto, tinta,<br>
Poeira e poluição,<br>
Não vejo vida,<br>
Só tristeza e repressão,</p>
<p dir="ltr">Morte, dor, pressa,<br>
Não há amor ou compaixão,<br>
Nada que pareça vida,<br>
É uma represa de sequidão,</p>
<p dir="ltr">Não há nada com o que me identifique, <br>
Não há sabor, perfume, nem calor, <br>
Como está é provável que permaneça </p>
<p dir="ltr">Talvez eu me vá e esse mundo assim fique, <br>
Neste torpor, chorume e dissabor, <br>
Onde tudo morre para que nada cresça. <br>
</p>
Unknownnoreply@blogger.com