Cinza, asfalto, tinta,
Poeira e poluição,
Não vejo vida,
Só tristeza e repressão,
Morte, dor, pressa,
Não há amor ou compaixão,
Nada que pareça vida,
É uma represa de sequidão,
Não há nada com o que me identifique,
Não há sabor, perfume, nem calor,
Como está é provável que permaneça
Talvez eu me vá e esse mundo assim fique,
Neste torpor, chorume e dissabor,
Onde tudo morre para que nada cresça.